Concordo com muitos que defendem algo de decisivo para um país em busca de desígnios, objectivos claros e concisos. Mais simples e portuguesmente falando é difícil de precisar…
Refiro-me a palavras simples e concisas de muitos e de muitas e diversas contribuições.
Nelas revejo algo de muitíssimo útil num momento particularmente difícil, e daí estratégico e essencial para o nosso país.
Vectores estratégicos precisam-se e parece-me óbvio e obrigatório pensarmos um pouco mais além, deixarmo-nos daquilo a que costumo chamar de ‘mercearia do poder’. Ele continua tão efémero como o tempo que a todos vai faltando e fugindo como areia entre os dedos…
Em tempos de mudança e de cóleras várias, de assimetrias gritantes e de saltos em frente gigantescos, são naturais as recaídas na tentação do momento, do imediato.
Com algum distanciamento e mínimo sentido das proporções, com o proverbial bom senso que cada vez mais vai faltando, temos de infelizmente aturar meia dúzia de ‘paladinos’ daqueles que vão a todas e a nada vão chegando ou construindo…
Tudo isto a propósito daquilo a que vulgarmente se chama nas artes representativas de ‘erros de casting’, bem visíveis cá pelas bandas locais, mas não só…
Senão vejamos: que é feito da ética republicana, do serviço público e da verticalidade? Transaccionam-se! Que é feito do trabalho diário de tantos que anonimamente o continuam a fazer? É ridicularizado, pois trabalhar é bom para quem não sabe fazer mais nada – isto é viver de esquemas e à custa de outros ou de todos nós, anónimos contribuintes de todos e para todos os orçamentos isso é que ‘está a dar’…
Na senda do útil talvez fosse tempo de mudar, de dizer basta a tanto disparate e a tantos ‘inteligentes’ que julgam poder enganar-nos e continuar a rir-se das asneiras que fazem e pelas quais não são responsabilizados…
Não, até não estou a criticar governos nacionais ou locais… Pura e simplesmente acho que na tal busca do útil, já é tempo de nos livrarmos de tantos e tantos que são tão bons tão bons, que ao fim de pouco tempo já ninguém se lembra deles, a não ser pelas tristes figuras que fizeram, pelas completas calinadas que deram, para já não falar das tristes consequências da ‘obra’ tão bem publicitada e bem feita que nos deixaram e que nos levou aos défices endémicos a que já nos acostumámos com demasiada facilidade e indiferença.
Na senda do útil, aqui e não só… já é tempo de virar a página, e como dizia um poeta, não com um ‘bang’, mas com um sussurro!
Tomar, Outubro de 2005
Refiro-me a palavras simples e concisas de muitos e de muitas e diversas contribuições.
Nelas revejo algo de muitíssimo útil num momento particularmente difícil, e daí estratégico e essencial para o nosso país.
Vectores estratégicos precisam-se e parece-me óbvio e obrigatório pensarmos um pouco mais além, deixarmo-nos daquilo a que costumo chamar de ‘mercearia do poder’. Ele continua tão efémero como o tempo que a todos vai faltando e fugindo como areia entre os dedos…
Em tempos de mudança e de cóleras várias, de assimetrias gritantes e de saltos em frente gigantescos, são naturais as recaídas na tentação do momento, do imediato.
Com algum distanciamento e mínimo sentido das proporções, com o proverbial bom senso que cada vez mais vai faltando, temos de infelizmente aturar meia dúzia de ‘paladinos’ daqueles que vão a todas e a nada vão chegando ou construindo…
Tudo isto a propósito daquilo a que vulgarmente se chama nas artes representativas de ‘erros de casting’, bem visíveis cá pelas bandas locais, mas não só…
Senão vejamos: que é feito da ética republicana, do serviço público e da verticalidade? Transaccionam-se! Que é feito do trabalho diário de tantos que anonimamente o continuam a fazer? É ridicularizado, pois trabalhar é bom para quem não sabe fazer mais nada – isto é viver de esquemas e à custa de outros ou de todos nós, anónimos contribuintes de todos e para todos os orçamentos isso é que ‘está a dar’…
Na senda do útil talvez fosse tempo de mudar, de dizer basta a tanto disparate e a tantos ‘inteligentes’ que julgam poder enganar-nos e continuar a rir-se das asneiras que fazem e pelas quais não são responsabilizados…
Não, até não estou a criticar governos nacionais ou locais… Pura e simplesmente acho que na tal busca do útil, já é tempo de nos livrarmos de tantos e tantos que são tão bons tão bons, que ao fim de pouco tempo já ninguém se lembra deles, a não ser pelas tristes figuras que fizeram, pelas completas calinadas que deram, para já não falar das tristes consequências da ‘obra’ tão bem publicitada e bem feita que nos deixaram e que nos levou aos défices endémicos a que já nos acostumámos com demasiada facilidade e indiferença.
Na senda do útil, aqui e não só… já é tempo de virar a página, e como dizia um poeta, não com um ‘bang’, mas com um sussurro!
Tomar, Outubro de 2005
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