sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Da informação ou da falta dela...

A qualidade da informação depende da objectividade, referenciação e contra-referenciação da realidade ou falta das mesmas, logo na fonte da notícia… Ora o que assistimos com mais frequência nos dias que correm nos media, é mais contrafação do que informação credível! Com a evolução tecnológica, os meios de manipulação de dados cresceram na proporção inversa à adesão à realidade de muitas das ‘notícias’ que por aí vão polulando e desinformando os mais incautos… Ora é aqui que muito do nosso escrutínio se perde vezes demais… Se queremos preservar a democracia temos de ser capazes de manter poder de crítica e avaliação ponderada do que lemos, do que ouvimos e vemos…
Basta uma pitada de sensacionalismo e alguma ‘arte’ de enquadramento para rapidamente demasiados ‘acreditarem’ no ‘inacreditável’… Por vezes o bom senso falha, a boataria e o populismo acabam por derrocar ainda mais o já frágil estado das sociedades democráticas. Daí ao medo vai um passo… Mais preocupante ainda é a tendência para a indiferença… Já nada espanta ou incomoda… A descaracterização da informação e o rápido descrédito a que muita dela chega, ao fim de muito pouco tempo, deve ser algo nos faça reflectir e agir…
Nas sociedades de hoje, poderíamos tentar ser menos imediatistas e não embarcar na primeira onda que nos tenta levar sabe-se lá onde…
Os fenómenos recentes da radicalização de jovens para actos de terror não são tão estranhos como isso… Ou já ninguém recorda os grupos que incendiaram a velha Europa há algumas décadas, levaram ao nazismo e à guerra, ou bem mais recentes e com menos décadas, quando nos confrontamos com vagas de atentados oriundos de extremismos vários, alguns vindos do interior dos próprios países que os sofreram neste mesmo espaço europeu?…
Era bom que, de vez em quando, nos recordássemos de algum passado, mais ou menos distante, que tanto nos poderá ensinar, de novo, no que toca a factos óbvios que hoje teimamos em esquecer ou relegar para planos demasiado secundários, por mais relevantes que esses valores e realidades possam ter sido e continuem a ser fundamentais para a manutenção de sociedades livres e abertas à mudança e à evolução…

Tomar,

30 de Janeiro de 2015

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