
Continuamos há anos ‘discutindo’ as várias facetas, virando e revirando diagnósticos e relatórios, cada vez mais nadando em papel, projecto(s), REFORMAS E CONTRA-REFORMAS, um pouco ao sabor das tendências mais ou menos ‘progressistas’, ‘conservadoras, ‘modernistas’ ou lá o que lhes queiram chamar ou etiquetar… Parece estar tudo discutido e visto e revisto, só que, manipuladas ou não, as estatísticas oficiais ou não, continuam a pulular, insistindo mais ou menos nos mesmos pontos… Investimos muito (ou demasiado pouco…) e os resultados pouco se vêem…
Enfim, mais do mesmo como em outros sectores da nossa vida pública, local, regional ou nacional.
Mas será que é fado? Destino inclemente e infernal?
Sinceramente parece-me ser pura e dura ilusão que não resiste a qualquer análise mais serena e abalizada. Tal como em muitas outras situações e em tantas outras polémicas, a realidade está bem mais à mão de semear… Teremos tantos erros e desvios como tantos outros, também sucessos e excelência, só que o nosso fatalismo tende a relevar o nosso pior, não o oposto. As sucessivas administrações públicas - nacionais, regionais ou locais - parecem suicidariamente apostar sempre naquilo que não corre bem porque não presta, continuando a encher arquivos e arquivos de projectos e práticas de sucesso e com resultados mais que fiáveis pela sua positividade. Talvez por isso descartados, olvidados, raramente generalizados ou publicitados como exemplos a seguir. Ou tão simplesmente como pilares de novos e diferentes caminhos a descobrir. Por outro lado, alguma coerência e continuidade são palavras que cada vez mais passam ao lado de quem decide. Em Educação isso paga-se muito caro, hipotecando futuro, melhores perspectivas e resultados. A pressa dá em vagares, sendo inimiga da qualidade.
BOM SENSO, SERENIDADE E TEMPO, SÃO OS SEGREDOS HISTÓRICOS EM MATÉRIAS EDUCATIVAS!
Não será hora de regressarmos a coisas tão simples e básicas como estas?
Tomar, Setembro de 2008
1 comentário:
pois. é fazer tábua rasa e começar por baixo, pelos níveis básicos, e refazer tudo de forma séria e rigorosa. depois, ir subindo de nível de escolaridade por ciclo mas seguindo o mesmo fio condutor para que haja coesão, coerência e sentido.
ah, já agora, acho um piadão ao tal pedreira a dar as conferências de imprensa com aqueles retratos dos réus todos na parede de trás.
Enviar um comentário