
Mas eu sempre, sempre gostei de cavalos, principalmente no Inverno...
Há bodes velhos e caducos que se habituaram às mordomias dos pequenos poderes e...
Também empinam seja lá com o que for...
Sempre os respeitei, devido à idade, está bem de ver...
(Conservadorismos de berço...)
Mas às vezes já não há pachorra para a vaidade dos ditos...
Bons ventos os façam mais humildes e menos empinativos...
Mais alguns frios Invernos talvez o consigam...

Só lhes desejo o melhor, se bem que nunca acreditem...
Há gaivotas velhas e cansadas por demais pairarem sobre o mar, tentando sempre aprender a mergulhar e a voar melhor e mais livremente...
Demasiadas vezes desistem e voam para outros mares, outros portos de abrigo, mesmo que simples rochedos batidos pelas ondas de marés revoltas e imbatíveis, onde resistir é muito, muito difícil...
Preferem arriscar tudo ou nada, sem nada esperarem ou expectarem...

Nunca ninguém acredita nelas...
Cavalos empinados ou bodes matreiros sempre reinam e rapidamente se livram de gaivotas empertigadamente livres, porque senhoras apenas do seu parco e míope golpe de vista...
Há fábulas antigas de animais de todos os reinos que sempre nos ligaram à realidade, fazendo-a, apenas, mais sofrível em tempos de desarrumos...
(Todos os dias vou relembrando todos os meus cavalos e bodes velhos e cansados,e todas as antigas fábulas, pois sei que, qualquer dia, lhes vou sentir a falta...)
Tomar,
Dia de Reis de 2009
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