quarta-feira, 20 de março de 2013

Serenidade precisa-se…



Nestes dias e tempos bem difíceis, torna-se obrigatório um apelo à serenidade…
Não porque estejamos tumultuosos, mas mais pela angústia instalada…
Com as recentes e péssimas notícias nacionais ou internacionais (a ‘emergência nacional’ ou o ‘caso Chipre’…) muitos ficam indubitavelmente confusos ou mesmo abalados, outros desatam no disparate ou a desbocar sem sentido ou resgo…
Mas ainda não concluímos que estamos aqui, neste planeta?...
Não queria ser derrotista, bem pelo contrário, mas a consciência do momento ou o embate com duras realidades é tremendo. Mas, é assim tão inesperado?...
Tentando alguma serenidade - tão fugidia que ela anda - porque não enfrentar de cabeça erguida e voz calma o corrupio da espuma dos dias? Relembrar outras situações ou momentos, tão ou mais bem difíceis como os que estamos vivendo? Será que nada aprendemos com eles?...
Alguns raios de sol primaveril poderão afastar este nevoeiro que parece esconder tanta confusão e demasiado medo…
Certo, certo é o que já sabíamos: a dita ‘crise’ está para durar, por isso há que a atalhar e combater firmemente. Os ‘casos do dia’ podem ser apenas isso: casos… Esperar um pouco nunca fez mal a ninguém… Não esquecer também que é tempo de separar águas, o trigo do joio…
Finalmente, que a esperança ganhe horizontes e alimente projectos e futuros não tão ululantes, desesperados, mas bem mais serenos e humanos!
Que a próxima Páscoa nos traga, igualmente, ‘passagem para outras margens’, menos conturbadas e exasperantes, com mais desígnio e mais substância, para além das palavras ditas e das promessas corrompidas por práticas viciadas e inquinadas, para além do mediatismo dos momentos vácuos da vaidade humana…

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