Não porque estejamos tumultuosos, mas mais pela
angústia instalada…
Com as recentes e péssimas notícias nacionais ou internacionais (a ‘emergência nacional’ ou o ‘caso Chipre’…) muitos ficam
indubitavelmente confusos ou mesmo abalados, outros desatam no disparate ou a
desbocar sem sentido ou resgo…
Mas ainda não concluímos que estamos aqui, neste
planeta?...
Não queria ser derrotista, bem pelo contrário, mas a
consciência do momento ou o embate com duras realidades é tremendo. Mas, é
assim tão inesperado?...
Tentando alguma serenidade - tão fugidia que ela anda
- porque não enfrentar de cabeça erguida e voz calma o corrupio da espuma dos
dias? Relembrar outras situações ou momentos, tão ou mais bem difíceis como os
que estamos vivendo? Será que nada aprendemos com eles?...
Alguns raios de sol primaveril poderão afastar este
nevoeiro que parece esconder tanta confusão e demasiado medo…
Certo, certo é o que já sabíamos: a dita ‘crise’ está
para durar, por isso há que a atalhar e combater firmemente. Os ‘casos do dia’
podem ser apenas isso: casos… Esperar um pouco nunca fez mal a ninguém… Não
esquecer também que é tempo de separar águas, o trigo do joio…
Finalmente, que a esperança ganhe horizontes e
alimente projectos e futuros não tão ululantes, desesperados, mas bem mais
serenos e humanos!
Que a próxima Páscoa nos traga, igualmente, ‘passagem
para outras margens’, menos conturbadas e exasperantes, com mais desígnio e
mais substância, para além das palavras ditas e das promessas corrompidas por
práticas viciadas e inquinadas, para além do mediatismo dos momentos vácuos da
vaidade humana…
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