Um amigo e companheiro de já alguns anos desafiou-me a
voltar, mais uma vez, a terras nabantinas nestas parcas, pobres palavras…
Há algum tempo senti alguma esperança, principalmente
de projecto e de novos protagonistas…
Como se costuma dizer, tarde piei…
Na verdade o asco acabou por despertar… Por estas
bandas primeiro reinam os umbigos e as prebendas nas várias feiras de vaidades,
só depois algum sentido ético de serviço público. E infelizmente o fenómeno é
transversal a poderes e oposições, por mais declarações e pronunciamentos
públicos e privados, juras e ladainhas ‘em prol de’ todos nós, pobres e
incautos votantes…
Certa, certa é a eternização dos mesmos patéticos figurantes,
maioritariamente público dependentes, isto é, salazarentamente agarrados às
suas pequenas quintinhas politiqueiras, ao habitual circo caciqueiro da via
sacra dos croquetes, carne assada e vinhaça, para queirosianamente mais tarde
poderem almejar à e gozar da teta estatal (no caso municipal, está bem de ver…)
Será que exagero? É mais que provável… mas o que
faziam antes e depois, o que prometiam antes e depois? Alternativas ou
alternâncias rotativistas e por demais estafadas e sem resultados dignos de
nota?
Triste sina templária… De uma ponta à outra do
espectro partidário ou pseudo…
Mas do asco também se faz a diferença e se pode partir
para outras soluções, sem espavento, bandeiras erguidas ou tronitruantes e
bufas declarações ritmadas e cheias de balofa oratória politicamente correcta…
Com o tempo e a esgotada paciência do eleitorado talvez, um dia, volte a
terreiro nestas tão nobres terras a humana necessidade de mudança…
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