Na semana da aprovação de mais um Orçamento de Estado duríssimo para 2014, não estamos em altura de mais contemplações com os disparates acumulados nas últimas dezenas de anos. Já é mais que tempo de avaliarmos objectivamente o que se tem passado local e nacionalmente. O país tem-se paulatinamente esvaído entre opções asfalteiras, financeiras ou politicamente favoráveis aos mesmos de sempre... Os que, num atroz rotativismo novecentista, repetem o que esse rotativismo fontista impôs a esta nação quase milenar - a quase bancarrota e a dependência externa. As consequências também se repetem: empobrecimento e emigração.
O discurso e a acção políticas afunilam-se e isolam-se, as soluções esgotam-se e as alternativas definham, as promessas eleitorais, as tais mudanças, rapidamente são levadas pelo vento.
O que deveria ser o esteio democrático - a tal ética republicana de serviço público - rápida e alarvemente se tornam numa prebenda mais, em mal esclarecida nomeação ou acordo ínvio de bastidores em que jurados adversários de ontem se tornam aliados no dia seguinte...
E assim vai a república, e já agora os regedores locais, entretidíssimos com a gestão pública qual brinquedo novo fosse, pois o pagode paga, continua a pagar e, infelizmente, lá vai indo nos habituais foguetórios da propaganda dos do poder ou dos que lá querem chegar...
No mínimo, deprimente é o que se pode dizer daquilo a que vamos assistindo...
Tomar, 29 de Novembro de 2013
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