sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Notas...


Na semana da aprovação de mais um Orçamento de Estado duríssimo para 2014, não estamos em altura de mais contemplações com os disparates acumulados nas últimas dezenas de anos. Já é mais que tempo de avaliarmos objectivamente o que se tem passado local e nacionalmente. O país tem-se paulatinamente esvaído entre opções asfalteiras, financeiras ou politicamente favoráveis aos mesmos de sempre... Os que, num atroz rotativismo novecentista, repetem o que esse rotativismo fontista impôs a esta nação quase milenar - a quase bancarrota e a dependência externa. As consequências também se repetem: empobrecimento e emigração.
O discurso e a acção políticas afunilam-se e isolam-se, as soluções esgotam-se e as alternativas definham, as promessas eleitorais, as tais mudanças, rapidamente são levadas pelo vento.
O que deveria ser o esteio democrático - a tal ética republicana de serviço público - rápida e alarvemente se tornam numa prebenda mais, em mal esclarecida nomeação ou acordo ínvio de bastidores em que jurados adversários de ontem se tornam aliados no dia seguinte...
E assim vai a república, e já agora os regedores locais, entretidíssimos com a gestão pública qual brinquedo novo fosse, pois o pagode paga, continua a pagar e, infelizmente, lá vai indo nos habituais foguetórios da propaganda dos do poder ou dos que lá querem chegar...
No mínimo, deprimente é o que se pode dizer daquilo a que vamos assistindo...

Tomar, 29 de Novembro de 2013

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