sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Mais outono...

Depois de algum sol, pouco, de Outono, regressando a chuva e algum desconsolo, fica a quinzena passada marcada por algumas novas ou talvez nem tanto...
Do governo ou desgoverno da República, pouco mais haverá a dizer... Um pouco mais do mesmo a que já nos habituamos há muito... em final de mandato e início de ano eleitoral, nada mais a acrescentar... As contas serão saldadas no devido tempo, como é democrático, nas legislativas...
Já no campo da oposição nota-se finalmente alguma alteração, já era tempo! Afinal para que serve senão para prover alternativa? Apesar da vitória de Costa no PS ser consensual e esperada, aguarda-se a consequente propositura de programa (e novas propostas)... A ver vamos... Quanto ao resto nada a referir que já não se saiba: No PCP tudo como dantes, no restante idem... Ou será que a guerrilha entre os grupos fora do PC não se tornaram hábito antigo, só descontinuado temporariamente pelo BE, não espantando ninguém atento? A memória não devia ser tão curta... Tudo o resto, mais ou menos mediatizado é igualmente comum, PDR, MPT, o habitual também para durar algum tempo... Tudo isto continua monótono, na medida em que bem sabemos que na Europa muito há por decidir e que isso, invariavelmente, nos vai influenciar, para bem e para mal, pois assim são os tempos que correm...
No micro cosmos nabantino também pouco sobra para além de casos fortuitos para entreter, uma vez que o garrote financeiro municipal e algum vazio estratégico e de liderança todos tolhe, no constrangimento regional e nacional que vivemos... Não é nada fácil sair deste atoleiro e que bem o digam, mesmo não o assumindo claramente, todos os intervenientes políticos... 
Mas isto não passa de mera opinião, apenas isso...
No entanto, quase em ano de festa, alguma coisa vai mexendo, as gentes começam a juntar-se e a preparar o que há a fazer para que no próximo verão nada ofusque a luz e o brilho quadrienal dos Tabuleiros. E é bom ver isso! Apesar de tudo, as vontades mobilizam-se e o trabalho árduo já se iniciou... Que o digam os organizadores, as freguesias, associações, escolas e os vizinhos que a tão nobre esforço se dedicam voluntariamente...
Uma verdadeira lição de solidariedade, dedicação, vontade e brio populares, dignos de relevante registo e muito mais divulgação. O próprio país bem precisa de exemplos destes.
Continuo a dizer que assim, vale sempre a pena, pois estas almas não são pequenas... Bem pelo contrário, na pequenez da sua individualidade humana, são bem testemunho da grandeza de espírito e de força, que das fraquezas faz a força e que das dificuldades arranca sucessos. Que bom seria ver mais deste tipo de atitudes. E que as vaidades nada contrariem este tesouro patrimonial que só temos de guardar e continuar a honrar!

Que possamos no verão dizer com satisfação: 'A Festa foi bonita!' ( Que tal exportar este espírito além fronteiras regionais, nacionais, atlânticas... O desafio, a quem de direito, também aqui fica!)

10 de Outubro de 2014,
Tomar

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