Depois de alguma ‘trégua’ natalícia o novo ano desafia-nos uma vez mais…
Ainda para mais quando todos nós, na ocidental Ibéria, tantos séculos tivemos de tolerância civilizacional entre povos e culturas distintas… Já sei que depois se seguiram outros tantos ou mais de guerras e chacinas invocando, demasiadas vezes, provavelmente o mesmo Deus, mas isso não retira algo que nos ficou…: a naturalidade da diferença e o respeito por ela…
Mas o desafio da Liberdade significa também a necessária humildade e coerente trabalho de resistência contra o sofrimento, a pobreza e a privação, sejam elas originadas por razões de cariz político, também obviamente económico, social ou cultural. Aí a Europa tem pilares sólidos que contaminaram, e bem, o globo inteiro. Para mais, os valores e património adquiridos pelas democracias nunca conseguiram ser ofuscados ou tolhidos pela ditadura da estupidez ou pela vingança do desespero ou de actos homicidas sem saída ou alternativa verdadeiramente humanas!
Quem despreza e odeia não reflecte, não sente! Daí que o outro enorme desafio seja esse mesmo - não calar a injustiça ou esquecer a inumanidade! Não calar a oposição firme ao desprezo pela vida! Não banalizar a violência, venha ela donde vier!

Bem sei que tudo isto pode ser utopia optimista… Mas se ao menos não nos restar uma réstia de esperança em melhores dias, para quê querermos ser e estar, ser gente e pensar?
Que o resto deste Novo Ano possa inverter este triste início cheio de trevas e conflito!
Que os lápis possam continuar a desenhar e os tinteiros fiquem sem tinta de tanta escrita!
Que possamos prosperar, apesar da infantilidade de que ainda sofremos enquanto espécie dominante neste planeta único, que temos de preservar também, para as gerações que aí vêm…
Que tudo possamos fazer para (e com) mais Paz e Liberdade solidária, construtora de melhores Futuros!!!
Tomar,
16 de Janeiro de 2015
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