Em ano
de festa maior no concelho, na urbe, de todos... (Será?...), continuamos demasiado
condicionados pelo contexto... Digo, continuamos quase que, como gregos,
esperando por desenlaces... Autárquicos, nacionais, europeus...
Já sabemos que dificilmente poderemos ter muito mais... Com
uma autarquia estrangulada financeiramente e dado o seu peso na vida concelhia,
com o sector privado exausto, a hemorragia demográfica e o envelhecimento, o panorama não é nada, mesmo nada
animador...
No
entanto, está pausa forçada bem pode ser útil para reflectir e debater outras vias, outras ideias.
Repensarmos rumos e estratégias bem podia quebrar este desalento e modorra invernosa...
Já era tempo de clarificar e separar águas... de deixar de falar tanto do
que está, do
que esteve... Logo, traduzir em actos tanta promessa de mudança. Talvez mais do que anúncios, boas intenções ou o que seja, bem gostaríamos de ouvir propostas concretas!
Por exemplo quanto ao planeamento urbano, na revitalização do centro histórico, na política educativa e cultural, ou tão somente, e bem a propósito, que futuro para a Festa? Como
muitas vozes têm
assinalado, bem demais, muito há que trabalhar, muito
há que repensar e preparar... até porque o novo
quadro comunitário já aí está! Também! Como o aproveitar? Que
prioridades? Mais do que programas eleitorais, necessitamos de PROPOSTAS! E
muitas não
requerem recursos financeiros avultados ou que não existem. Precisam de liderança e trabalho profícuo, em sinergia que cria sinergias,
isto é, que
atrai mais trabalho, mas também mais vontades construtivas.
Afinal tem sido essa a herança que as populações destas nobres terras nabantinas tão nitidamente nos deixaram e que felizmente continuamos a
honrar em todos os anos de Tabuleiros...
Que
esse espírito
contagie uma vez mais todos, principalmente quem, nos vários domínios da nossa vida pública, tem de ser modelo de partilha,
trabalho exemplar e abertura democrática dos caminhos possíveis que tentamos trilhar, mesmo que caminhos diferentes
para futuro que queremos melhor...
Tomar,
Fevereiro de 2015
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