sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Questões gregas…

Por respeito ao sofrimento de demasiados gregos e troianos, não, não vou falar deles…
Também por respeito idêntico não pretendo falar de mais desgraças… Bem nos bastam as tantas que temos por cá e por tanto lado no planeta…
De facto, o que entedia é a ‘dança’ de ano eleitoral… Não será que ao menos nos podiam poupar a tanta ‘gaffe’ e cambalhota, tanta fome de foto e boneco na pantalha?… A tanto
comentário, bem pago, nos jornais e televisões… Depois queixam-se de abstencionismo…E aí sim, podíamos relembrar o dito latino que, dos gregos diz que devemos desconfiar de seus presentes…(ou promessas…)! O problema é que já desconfiamos mesmo…, seja de gregos seja de romanos, que isto de ‘pão e circo’ já se tornou hábito mais velho que a velhice…
Mas, e ele há sempre um, pelo menos gregos, britânicos e outros bem podem trazer-nos boas soluções e variadas também: tempos eleitorais mais curtos e formação mais célere de governos. Gostemos deles e de suas cores ou não, pelo menos tomam posse pouco depois da eleição…
Já agora, se os dirigentes políticos por cá se querem credibilizar, para quando a alteração de leis eleitorais, para quando querem diminuir prazos, ou finalmente concluírem que, para dizerem menos disparates, deveriam estar menos no parlamento, saírem mais de lá e ouvirem mais os eleitores, darem a cara nominalmente pelos seus mandatos, em vez de rodarem no esquema das listas partidárias?…
Também seria inovador, decidirem essa coisa das nomeações… Das duas uma, ou optam pela nomeação de pura confiança pessoal, assumindo as respectivas responsabilidades e riscos ou admitem a selecção de quadros dirigentes por mérito comprovado, com ou sem cartão partidário, nas várias administrações e carreiras públicas …
Há muito por onde escolher, nos variados sistemas democráticos… Continuar num meio termo confortável, já não é opção, nem aumenta a transparência que devia nortear o Estado a todos os seus níveis…
Já que estamos em longo, longuíssimo ano eleitoral, estas seriam questões que as várias candidaturas deveriam esclarecer. Não têm custos… para além de que bem poderiam ser esclarecedoras para nós, desconfiados eleitores, após tantos anos de recuos e avanços no que toca ao aperfeiçoamento e reforma, bem necessária, do nosso sistema democrático.
Já sabemos, infelizmente pela tragicomédia grega e não só…, que este tipo de problemas são sempre esquecidos e enviados para as tais calendas gregas, mas já era tempo dos nossos responsáveis políticos assumirem o que defendem e propõem…
Assim, também, talvez pudéssemos ‘vermo-nos menos gregos’ para os entender e perceber afinal o que querem!…
E pronto! Prometo não falar mais da Grécia…
Por enquanto…

Tomar,
Fevereiro de 2015


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