sexta-feira, 22 de maio de 2015

Segurança...

O verão aproximando-se e o calor, desafia ao disparate de muitos dos nossos pseudo-governantes ou os que a isso se alcandoram…

Por aqui quase que já nem vale a pena falar… Destratando-se uns aos outros em variados fóruns, destratam as instituições, logo a democracia… Por isso, tarde ou cedo não se queixem…
Já no país, a ‘estória’ fia mais fino…
Variadamente o disse que dias decisivos se aproximam… Daí que natural seja que o clima aqueça, os calendários apertem e muitos se vejam em verdadeiras bolandas gregas para se fazerem ouvir… Novidades, muitas ou poucas, vão surgindo e as águas continuam em separação…
Ainda bem! Só com contraditório se debate cívica e democraticamente, só com alternativas e diferentes propostas e visões do que se quer, se tiram dúvidas e se preparam caminhos de continuidade ou de ruptura… Mas os tempos são conturbados e complexos em demasia para grandes espaventos ou tiradas prometedoras de paraísos… Se repararmos bem, está a haver uma contenção que, provavelmente é sensata em tempos de cóleras várias um pouco por todo o planeta…

As posições não estão assim tão extremadas após tantos anos de crise e estagnação numa Europa continuadamente em busca de saídas novas que permitam ultrapassar impasses e nós górdios que a burocracia e a ditadura dos mercados desregrados fez impôr às democracias do velho continente, também nas do outro lado do Atlântico… Com as novas ameaças assimétricas vindas de oriente e do sul, vivemos a norte e ocidente tempos de espera ansiosa por desenlaces que ainda demorarão a chegar. No entanto algo começa a parecer mais claro: a tolerância não pode ceder no que respeita a pilares fundamentais dos valores, das liberdades e da segurança que os estados de direito conseguiram consagrar em tantos anos de luta solidária pela paz e pelo respeito mútuo, fundações do progresso humano na sua múltipla diversidade.
Ora é precisamente nos limites desta segurança, que se concentram os maiores dilemas da actualidade: qual a fronteira entre a aceitação democrática da diferença e a transigência letal à barbárie, que com frequência já se gera dentro das nossas próprias portas?
Também aqui teremos de reflectir para agir em consequência. Afinal num mundo globalizado já é impossível pensar que o que se passa ali ao lado ou lá bem longe não nos afecta ou interessa.
Desenganem-se os iludidos do momento, do aqui e agora, pois é tempo de pensar e agir local e globalmente!

Maio de 2015,
Tomar


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