sexta-feira, 19 de junho de 2015

De novo o calor de verão e a tragédia grega…


Já iniciado o tempo de calor, novamente destemperado e ameaçando mais infernos incendiários, apenas sabemos que continuam por aí um helis russos que não podem voar e ajudar os nossos soldados da paz e as populações aflitas…as queixas habituais, os desleixos também… Mais do mesmo desde há alguns anos… Sobre segurança e prevenção estamos conversados… Depois de casa ardida lá se lembrarão de que muito era necessário mudar… A começar pelas mentalidades…

E bem a propósito, nesta nossa Europa a dita classe dirigente, que cada vez dirige menos, lá anda novamente em bolandas gregas, com os ditos a ajudarem, e de que maneira, à festa… O Varoufas, como é conhecido entre as gentes da comunicação, já não sabe onde cortar mais para agradar à chancelerina wagneriana e aos burocratas bruxelenses… Onde é que já ouvimos isto com outros protagonistas, ou os mesmos de sempre… Por cá tínhamos o Gaspar, que se transladou para as bandas do FMI deixando a fava para a loura impenitente e ultramontana que continua às voltas com o grego drama de cortar mais 600 milhões nas reformas, na saúde, na educação e mais onde ainda houver algumas migalhas para esmifrar… O fantasma 44, lá de Évora, continua a assombrar a rosa e o ex-edil de Lisboa, prometendo-nos um verão telenovelesco na imprensa da especialidade… Para mais em ano de eleições isto está mesmo a lembrar uma caldeirada daquelas à antiga… A laranja rejubila, mas azeda quando as coisas começam a descambar para a falta de coerência dos discursos com as tristes realidades com que nos vamos defrontando … Navegação à vista ou de cabotagem, que entre mortos e feridos alguém escapará…
O venerando Eça ou as farpas do Ortigão são hoje, mais que nunca, de leitura obrigatória… Admira-me até as editoras e os media não aproveitarem o filão…
Bom, aproveitando o estio, a pasmaceira e a repetição até à nausea de um panorama lodacento e tragicómico, resta-nos almejar por um pouco de brisa fresca, pela festa que aí está a chegar e continuar com uma réstia de esperança de que algum tino chegue a estas cabeças pensadoras que julgam que nos governam ou que nos querem governar…
Já era tempo de pararem um pouco e não debitarem tanto dislate e verborreia, duma ponta à outra do espectro político… É que nem sequer conseguem imitar os ‘podemos’ ou os ‘syrizas’, os ‘sarcozys’ ou os ‘le pens'… Não enganam mesmo e os amanhãs deixaram de cantar lá para leste, que aquilo tornou-se máfia do piorio…
Alegremo-nos no entanto, mais um desatinado verão passará e as chuvas de outono poderão trazer-nos novas mais positivas… Que ao menos possamos desligar-nos um pouco neste tempo para recuperar ânimo e força a novos desafios e caminhadas que nos esperarão… Para isso sugiro que bastará desligarmos um pouco as TVs e recuperar leituras atrasadas com algum sossego e tempero estival…

Tomar,

19 de Junho de 2015


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