De regresso ao vento quase outonal, deparamo-nos com um cenário sem cenários…
Entre actores políticos já por demais conhecidos, duetos ou tercetos ‘da corda’ habitual vão-nos entretendo como o futebol o faz…
Alguém onteontem, no pós-‘debate decisivo’, dizem eles, descobriu semelhanças com o jogo dos jogos… a ‘flash interview’ (os pós comentários dos próprios intervenientes) no final do ‘derby’… não da 2ª Circular lisboeta, entre leões e águias, mas entre rosas e laranjas… No mínimo curioso…, pois a ver vamos se a 4 de Outubro, o campeonato fica decidido ou se mais tarde se avança para antecipado tira-teimas…
O que é facto é que o mediatismo dos nossos tempos impõe estes ritmos e estes espaços… Mas, de novo futebolisticamente, ninguém seriamente arrisca um desfecho, por mais que provável que ele seja… Já nem o estatístico convence, fará tudo o resto…
Também já por demasiadas vezes tenho considerado estas e outras situações como normais… A questão é sempre a mesma: ainda não nos habituámos a ritmos de mudança tão aleatórios e confusos para a nossa frágil capacidade de meros humanos… Só que essa é a realidade que nos cerca e cercará. Por isso teremos igualmente de não ir a reboque e ao trote de tempos impossíveis e desesperantes de acompanhar. Talvez, em contra ciclo, tenhamos de travar expectativas e anseios, tentar reaver alguma lentidão a tempos arrepiantemente velozes para as trôpegas ferramentas de que dispomos - os nossos sentidos e a nossa lenta inteligência lógica, mas também emocional…
Concluindo esta pequena reflexão já quase outonal, deixemos que o vento acalme um pouco, que a areia e o pó assentem, um pouco que seja, e calmamente preparemos decisões ponderadas e menos ruidosas para daqui a umas semanas… Com serenidades, de que bem precisamos hoje em dia…Deixemo-nos de pressas que, como diz o ditado popular, ‘só dão em vagares’…
Tomar,
11 de Setembro de 2015
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