sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Decisões


Numa nota simples, deixar-vos-ia hoje com algumas ideias óbvias que a maioria e eu próprio…, vamos olvidando nestes dias de decisões, polémicas e realidades, tão esquivas como enguias, neste escorrer acelerado dos nossos tempos…
Sim, sem dúvida que tudo muda velozmente, mas isso não deveria ser uma vantagem e não motivo para indecisão? Adaptarmos todas as nossas vidas a estes ritmos não é nada fácil… Mas complicar o ainda mais complexo mundo em que vivemos, ficando inertes, estando sempre a viver de expectativas que nunca poderemos saber se se concretizam, poderá trancar-nos num beco sem saída… Está claro que ponderação e reflexão serão sempre exigidas, no entanto adiar decisões tenderá mais a arrastar problemas, não a resolver os ditos…
Ora, no caso, estamos também já muito perto de politicamente tomarmos decisões, o mais informadas de preferência, reflectidas, por certo, mas inadiáveis! Por isso, e como a democracia é mesmo isso, a liberdade irrevogável da escolha, teremos de civicamente actuar… Os anglo-americanos têm um dito curioso e sintomático: se não pagas impostos, não podes exigir benefícios… Mas também interpretam a mesma ideia de um outro modo: não me podem exigir o que eu não quero, isto é, o estado não tem que se imiscuir em questões individuais se o cidadão assim não quiser… Ora é na procura deste equilíbrio, cheio de sabedoria popular e tradição, que as democracias têm sabido evoluir e demonstrar que são o melhor sistema de vida colectiva, sempre abertas à inovação e a novos caminhos, respeitando as imensas diferenças, contextos históricos e culturais dos povos.
Por isso, e como nos aproximamos de momento democrático fundamental, o de exercermos o nosso direito de voto, deixemo-nos de abstencionismos e alibis ou desculpas… Decisivamente, no nosso país e por esse mundo fora, sejamos construtivos, seja qual for a nossa opção, não a deixemos para quem quer que seja - civicamente usemos o direito de escolha pelo qual tantos lutaram durante tanto, tanto tempo!
Só isso pode barrar a barbárie das ditaduras e das incertezas, fazer evoluir os variados sistemas democráticos, torná-los mais simples e eficazes, procurando valores e caminhos que, por diferentes que sejam, enriquecerão, sempre o nosso espaço individual, social e cultural num sentido positivo e humanamente respeitador da vida de todos nós!

Tomar, Setembro de 2015



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