Ao fim de quase dois meses pós eleições, este país tem, de novo, governo em plenitude de funções… Independentemente de apreciações ainda extemporâneas, convém concluir que é tempo demais para aqui chegarmos. Na verdade, convém referir que há que reformar, com a urgência possível, as nossas leis eleitorais, pois os tempos que correm não se compadecem com estas demoras. Quanto ao resto, o melhor é aguardarmos, pois trata-se de situação inédita, historicamente na nossa democracia e, por isso, o tradicional período de graça aí está…
Igualmente é bom relembrar que internacionalmente vivemos tempos por um lado bem conturbados, por outro bem desafiadores… Facto é que, apesar de fortemente atacadas, as democracias têm resistido e mesmo a velha Europa revela, a espaços, vontades de mudança que não devemos por de lado. Se bem que ora confrontados com ameaças fortes no campo da segurança, nós europeus temos conseguido manter sociedades abertas e socialmente avançadas, preocupadas com os direitos fundamentais e a sustentabilidade ambiental. No entanto, o muito que progredimos em muitos destes aspectos, não conseguiu ainda ultrapassar radicalismos internos e, principalmente, falhou no vector solidário e de cooperação para o desenvolvimento no que toca a muitas regiões do planeta que continuam em situações de guerra e / ou pobreza extrema…
O drama das vagas de refugiados ou a barbárie terrorista têm na sua origem a falta de resposta atempada às tragédias que se vão desenrolando à nossa frente desde o Médio Oriente a África… E aqui vão-se repetindo os erros que nos próprios países europeus também teimamos em não abordar e resolver… a desertificação de largos territórios interiores ou menos atractivos economicamente, a concentração urbana e litoralizante excessiva, o desleixo na harmonização regional são questões em que muito há a realizar, assim se combatendo assimetrias que cedo ou tarde se agudizam e explodem…
O drama das vagas de refugiados ou a barbárie terrorista têm na sua origem a falta de resposta atempada às tragédias que se vão desenrolando à nossa frente desde o Médio Oriente a África… E aqui vão-se repetindo os erros que nos próprios países europeus também teimamos em não abordar e resolver… a desertificação de largos territórios interiores ou menos atractivos economicamente, a concentração urbana e litoralizante excessiva, o desleixo na harmonização regional são questões em que muito há a realizar, assim se combatendo assimetrias que cedo ou tarde se agudizam e explodem…
Dito isto, registe-se que algo começa a mudar - a Cimeira do Clima numa Paris assolada recentemente por atentados, as novas perspectivas de colaboração e solidariedade da Europa com África bem podem ser exemplos para o que aqui, no país, na nossa região e concelho também temos de projectar e fazer - fixar população, sobretudo jovem, que permita níveis de inovação e geração de riqueza que consolidem processos de desenvolvimento mais integrados e com futuro.
Tomar, 4 de Dezembro de 2015
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