Só que quase parecem 'zombies', isto é mortos-vivos, procurando carne...
Realmente, compreende-se que uns se façam de mortos ou outros se assanhem...
Como a procissão ainda vai no adro o impasse adensa, os tiques vem a lume e a caldeirada vai fervendo... Muito provavelmente o desgoverno continua, pois já tem décadas...
De qualquer modo algo finalmente começa a mudar, ou pelo menos aparenta... Teremos de aguardar mais umas semanas desta temporada novelística… De igual modo toda esta confusão continuada e talvez sobre mediatizada trás novidades e novos caminhos... À direita já o panorama se tinha esclarecido há alguns anos:- uniu-se e assumiu o bloco neste espaço. O que surge de novo é um semelhante processo do lado esquerdo do espectro... Com semelhanças anteriores, com pragmatismo que tende a cortar com cenários anteriores ou mais recentes... A ver vamos se esta normalização, mais típica do modelo ocidental, não passa de mero espasmo conjuntural ou, se em breve, não resvala para a habitual rivalidade quase tribal que tem marcado muita da realidade do lado de franjas mais radicais e que de unidade apenas tem o frentismo histórico ou a vanguarda não se percebe hoje já de quê...
Os tempos são de mudança... É pena que só agora dos dois lados se estejam a aperceber que essa é a realidade que ultrapassou, já há muito, os modelos mais clássicos... Na verdade, a inadaptação de todo o espectro político-partidário aos ritmos de mudança rápida e muitas vezes ilógica, aleatória e inesperada, tem tolhido muitas tolerâncias e abertura necessária à sociedade civil. Isso está mais do que adquirido em muitos contextos e a inércia e rigidez com que muitos procuram ignorar ou fingir que nada se vai passando, já só leva a processos de extinção mais rápida ou lenta...
Por isso a ver vamos, vale a pena observar com objectividade e mente aberta o que se passar, pois deste processo, por certo confuso ou estranho, muito se poderá alterar e clarificar...
É essa a vantagem da democracia - a constante evolução, a hoje tão rápida mudança ,que a muitos quase cheira a revolução, se bem que esta esteja a ser permanente na nossa época. Só que demasiadas vezes nem sequer isso conseguimos vislumbrar!
Lisboa,
23 de Outubro de 2015
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